segunda-feira, 21 de julho de 2008

Unidades de Quê??


Das 299 Unidades de Conservação Federais, 82 não tem gestor, 173 não contam com fiscais e quase não há planos de manejo nessas áreas.
O Governo Federal tem metas estabelecidas no Plano de Ação para a Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia Legal. Não criou todas as Unidades de Conservação. Das poucas criadas em documentos nem foi instalada e, não há nenhuma concluída com a regularização fundiária. O Inpe registrou através dos seus satélites que 22% da área registrada por desmatamento faz parte as ditas “Unidades de Conservação” e reservas indígenas.
Os conflitos para a não regularização está em sobreposição de terras entre índios, as ditas pelo Governo Federal “Unidades de Conservação, áreas para Reforma Agrária ou até conflitos entre governo e municípios para quem terá estas terras conservadas. Ou seja, neste momento é nada com nada.
Unidades de Conservação, em tese, devem ter um plano gestor de manejo, fiscais constantes para evitar qualquer tipo de intervenção do ser humano e ainda atividades sustentáveis básicas, onde haja uma integração da população local, fomentando atividades sócio-econômicas e respeitando a cultura local.
Converso com colegas administradores, comerciantes ou mesmo do mercado financeiro e não há como mudar a mentalidade deles, pois a grande verdade, que está sendo a verdadeira verdade na história da humanidade, é que as questões econômicas e os interesses de alguns prevalecem às questões ambientais.
Não posso só reclamar, pois, na minha experiência destes 25 últimos anos, houve uma pequena mudança de mentalidade da população em geral, onde o tema Meio ambiente já está sendo discutido em diversas rodas de amigos, porém, de fato, ainda é um assunto distante e intangível.
Às vezes tenho a sensação que ao tratar de assuntos vinculados ao bioma, à cadeia ecológica e às conseqüências de nossos atos é como se fossemos, metaforicamente falando, poetas declamando sonetos para uma corte de governantes que estão completamente embriagados e interessados em suas orgias. Uma sensação de impotência em especial vendo os governantes, mesmo entendendo a situação global não dando à devida atenção.

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