quarta-feira, 30 de julho de 2008

Adote algumas árvores, regue-as neste período seco



Várias cidades estão em estado de alerta com o índice de menor umidade relativa do ar. O índice é recorde no ano. No caso da capital paulista só em 1943 houve um ar tão seco, porém com menos índice de gases poluentes soltos no ar. Não havia tantas indústrias, nem automóveis soltando o CO2 de forma tão violenta.
Índice acima de 30% é considerado tolerável pela Organização Mundial de Saúde. Em São Paulo o índice está abaixo de 19%, considerado estado de alerta, caso abaixe a 12% será estado de emergência.
Se não chove fica seco o ar. A secura nos enferma. E, infelizmente, devemos evitar fazer exercícios físicos ou ficar em locais aglomerados principalmente das 10h às 16h.
Regular a secura, amenizar a temperatura, são alguns dos motivos que plantamos árvores nos ‘quatro cantos’ do planeta. As árvores têm o poder de modificar o micro-clima da onde estão.
Mas para realizar estas atribuições às árvores devem ser regadas, pois se não recebem água elas não conseguem nos ajudar.
Observem que várias árvores estão secas e muitas que foram plantadas estão quase morrendo devido à falta de chuva.
Portanto, sem muita explicação, convido todos a terem a prática de sair de casa e do trabalho com estas garrafas Pet de 2 litros, enchê-las de água e regar as árvores adotadas, se possível todos os dias. Assim, mantendo-as vivas, cumprirão com seu papel protetor à nossa saúde.
Adote algumas árvores e regue-as neste período seco. Faça sua parte para mudar o micro-clima da onde você mora.

Sustentabilidade, Política & Continuidade

Ao mesmo tempo que cresce a consciência da necessidade de preservar os recursos naturais pensando tanto no agora como nas gerações futuras. Ocorre também a necessidade de dar continuidade a todo este movimento.
São diversos e complexos os problemas que assolam o planeta desde poluição de rios, lagoas e mares, escassez de água, queimadas, desmatamento, mudanças climáticas. E para que ocorra a preservação, acredito que existam duas questões fundamentais no processo de reformulação das atitudes sustentáveis.
De fato, a primeira questão para ser levada em conta está na absorção das informações. No entendimento dos conceitos teóricos e práticos de ecologia, meio ambiente e sustentabilidade compreendida pelas mais diversas populações, em suas mais diversificadas economias e situações políticas.
A segunda questão é vinculada no que chamamos de interesse de poucos para poucos. A população consciente, em todas as suas ramificações deverá saber também de sua importância política. Posicionando-se desde o consumo consciente à produtos comprovadamente que não agridam à natureza e manifestando-se contra políticas públicas que não tenham interesses nem no coletivo, nem para a conservação dos recursos naturais. O objetivo da representatividade pública é que os poucos pensem em todos os que representem.
Não nos iludimos dos interesses políticos que, além de envergonhar um povo sem a consciência pública, tem tomado grandes decisões que implicam em situações comprometedoras com as questões ambientais, culturais e sociais. Ou seja, o caminho inverso da sustentabilidade.
As soluções, em princípio, sempre são simples. Projetos sustentáveis que causem o mínimo de impacto ambiental ou social no entorno. Projetos, estes que devem preceder de muito planejamento. A visão destas ações está desde a compra de um bem para o interior de casa às obras públicas.
Como disse são duas questões fundamentais, a consciência da sustentabilidade e a consciência política. Ambas as questões aparentemente utópicas e complexas. Para uma nação poder avançar de verdade ela deve estar com estas duas questões enraizadas em sua forma de ser. Para cada Estado brasileiro, temos enormes desafios à frente.
Existe ainda, outra questão que tange as próximas gerações: a da continuidade desta consciência. Ou seja, como fazer com que incorporem no processo educativo familiar e escolar os conceitos de sustentabilidade e político?
São várias as combinações para sustentar estas práticas. As principais estão na educação e no respeito com o semelhante. Elas bem elaboradas resultam na saúde do meio ambiente e da sociedade. É comprovado que pessoas que vivem e trabalham em ambientes sustentáveis sentem-se mais confortáveis.
Em cada encontro, em cada conversa com pessoas, o desafio é lançado. Conscientizar sem intervir em credos e religiões nem em políticas partidárias e ao mesmo tempo sendo Questões complexas que de alguma forma nos motivam a continuar a batalha, que mais parece à luta de Hércules com as dezenas de cabeças da Hidra de Lerna.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Quem Somos & o Que Devemos?

Para o Meio Ambiente ... temos muito o que fazer. Sim temos. Mas quem é que tem muito o que fazer? De quem estamos falando? Quem somos estes nós?
Nós somos os que devem reclamar para que o governo se mobilize? Nós somos os que devem assumir cargos públicos? Sendo do governo devemos mudar as leis? Mas se as leis são tão boas, devemos então fiscalizá-las? Ou será que somos os diretores, CEOs das empresas que devemos reformular nossas ações nas indústrias, nos escritórios para evitar novas contaminações?
Se somos a mídia, devemos esclarecer os fatos, divulgar as atrocidades, motivar e enaltecer as boas ações. Mas quem somos nós? De quem estamos falando?
Se somos professores, devemos lecionar e direcionar nossos alunos para conscientizar o quanto antes do que está acontecendo e deve ser mudado. Se somos educadores, devemos antes de mais nada sensibilizar e também conscientizar o impacto que cada ação causam ao meio ambiente e em seguida mobilizar as pessoas para novas ações.
Mas quem são estas pessoas? Onde estamos? Sempre têm eles que devem fazer ou já fazem, mas e nós? Quem somos nós neste processo mundial?
Se ficar claro que todos estes sujeitos são parte do todo e este todo faz parte de cada um de nós. Ficará mais fácil entender o que, sim, temos muito o que fazer.
Educar, informar, sensibilizar, mobilizar e animar cidadãos para que assimilem em seus comportamentos, ações e atitudes desde os conceitos até às práticas ambientais e de consumo consciente .
Não há distinção entre executivos, governantes, representantes comerciais, estudantes, donas de casa, alunos, turistas. Todos nós estamos realmente no mesmo barco.
O caminho para que cada um de nós perceba que faz parte do todo é longo e complexo, porém quem já percebeu o que está acontecendo deve dedicar grande parte do seu tempo para educar, informar, sensibilizar para em seguida mobilizar e criar assim novos comportamentos.
A utopia, ou o sonho deve fazer parte da motivação de quem vê e percebe o que está sendo feito a nosso meio ambiente.
Nós somos os responsáveis por nossas vidas. Somos conseqüência do que fazemos e neste momento devemos nos unir de forma tranqüila a iniciar uma revolução tanto no consumo e produção consciente e sustentável quanto nas práticas voltadas a reestruturação do nosso bioma.
No meio de tantas divergências e desencontros, somos todos um só. Estes todos somos Nós.

Sustentando a Sustentabilidade

Você sabia que 50% do material utilizado nas construções são desperdiçados? Sabia que 25% se transformam em resíduos? Sabia que os resíduos das construções, demolições e reformas são outros grandes vilões dos resíduos urbanos. Lembro-me da primeira árvore que plantei, quando abria o novo “berço” retirava na primeira camada um pouco de terra e depois o resto era puro entulho de obras. Toda grama que você vê nos canteiros centrais é puro entulho de obras coberta de gramineas. Isto é comum para quem planta em cidades. Necessitamos refinar às leis a respeito dos resíduos para uma verdadeira arquitetura sustentável.
Você sabia também que uma lei aprovada em julho de 2007 obriga novas edificações a terem tubulação adequada para aquecimento solar da água? Caso tenha mais de três banheiros a instalação é obrigatória? Você deve ter reparado que nem tudo o que é dito é feito.
Ainda tem tantas coisas que devem ser feitas, tantas leis para serem escritas e, principalmente, tantas leis para serem cumpridas a risco.
Porém detalhes como estes são aspectos da arquitetura sustentável que influenciará de forma proveitosa à comunidade brasileira e às próximas gerações.
Para que estas leis e suas aplicações tenham sentido, elas devem passar por um processo de conscientização da sociedade para entender o significado destas mudanças e fazer com que isto aconteça em suas casas e assim os vizinhos também queiram (inclusive países vizinhos).
Devemos entender que estamos buscando nos afinar com o ecossistema, tanto dentro de um empreendimento quanto fora dele. Da mesma forma que incorporamos os benefícios da tecnologia em nossas vidas, podemos também, incorporar padrões de sustentabilidade até que se torne padrão e habitual.
Tenho como exemplo de liderança o designer Phillipe Starck. Ele lançou modas pelo mundo e sabe a sua responsabilidade sobre as outras pessoas, agora está revolucionando o seu próprio trabalho buscando a sustentabilidade no design (em breve vou escrever sobre a sua visão eco-design neste blog). Um líder que sabe que influência muitas pessoas deve usar um padrão para introduzir conceitos que sustentem o pensamento sustentável. Dando foco aos quatro princípios da sustentabilidade: à economia, à cultura, ao social e ao meio ambiente.
Para sustentar a sustentabilidade devemos ter a clareza da importância de abrir mão de velhos padrões e costumes que enfatizam somente o proveito para poucos. Existem caminhos para manter a empresa no mercado, buscando seu lucro e ao mesmo tempo com o compromisso social, cultural e ecologicamente correto.
Cada detalhe numa obra tem seu valor e para sustentar este conceito de arquitetura sustentável deve-se, nestes próximos anos, discutir os detalhes que durantes anos foram um assunto comum e imperceptível. Deve-se discutir bem discutido até chegar ao consenso que está na linha correta onde beneficiará a todos a curto e a longo prazo. Devemos sempre lembrar que conhecemos pouquíssimos do que pensamos saber. E a forma destas mudanças acontecerem está na observação das simples e pequenas coisas e do urgente e óbvio da nossa cruel realidade.
Paciência! Estamos necessitando força interna para sustentar a sustentabilidade e assim recriaremos novos cenários. Ânimo!!

A Organização Mundial do Comércio é o Espelho da Alma Humana


A Organização Mundial do Comércio é o espelho da alma humana. Os interesses são evidentes e inflexíveis. Como podemos esperar acordos nas rodadas de Doha? Como desenvolver os países mais pobres num momento mundial afetado pela alta dos preços dos alimentos e energia? Desde que a globalização é nítida no cenário mundial o isolamento só tem causado prejuízos tanto para o próprio país que mantém tarifas altas e milhões de regras para não perder seu mercado quanto para os parceiros que atualmente estão todos conectados por uma rede de trocas.
Avançar num acordo é utopia e, infelizmente podemos falar também em acordos ao meio ambiente como quixotescos. Cenários possíveis: fracasso total ou avanços modestos através do que diz ser conscessões. Ouvi na rádio, uma especialista comentando que nem se os países europeus abaixassem os valores dos subsídios agrícolas os EUA, que em tese fariam o mesmo, não modificariam sua atuação frente ao mercado. Imagino o mesmo que aconteceu e ficou claro no Protocolo de Quioto onde os interesses comerciais mantêm um índice de mais de dois dígitos de emissão de poluentes à atmosfera de todo o planeta.
Para ser mais claro o pensamento, reflito: Os Eua dizem, se a Europa recuar eles recuam. Isto agora na Rodada de Doha no quesito do comércio exterior. Também os EUA dizem, se a China e a Índia recuarem como poluidoras eles recuarão. Ou seja, sobra responsabilidades para os outros, onde nós fazemos parte deste grupo, de agir enquanto é possível, fortalecendo nossas economias, estrategicamente para amenizar o poder sobre nossa vida econômica e flexibilizar o mercado do comércio exterior. Também sobra para nós e os outros buscar soluções de sustentabilidade e conservação dos biomas.
Em minha opinião cada sobra da responsabilidade que está sendo destinada a nós e aos outros países para se virar com novas soluções no comércio exterior e no desenvolvimento de tecnologias limpas, fará uma revolução em poucas décadas, tanto no Brasil, quanto em outros países emergentes, muitos além do BRIC. Acompanhem nas notícias quantas parcerias estão se formando na busca de um Bem Comum.
Ao mesmo tempo, o mundo continua a girar pelos interesses pessoais, seja de quem já tem ou de quem quer ter. Esperem as notícias futuras e não verão governo nenhum fazendo concessão. Nada destes encontros demonstram mudança do caráter humano. Nisto acompanhamos povos vivendo em misérias. Nisto acompanhamos poucos (acéfalos) defenderem o desmatamento em favor de mais produtividade. Acompanhar a realidade é realmente triste. Mas lembro sempre do pensamento chinês: “O mal não está no mundo dos homens, está unicamente no homem”. Ou seja, existem esperanças. Cabe a nós fortalecermos os interesses comunitários e dispersarmos o pânico de dividir o lucro.
Como disse o representante do Vaticano, embaixador da Santa Sé, Silvano Tomassi, que tem terras subsidiadas na Europa, disse que as pessoas não estão prontas para um entendimento em seus corações, por isto a dificuldade de um acordo na OMC. O mais interessante é que vivemos um momento histórico e significativo onde tanto a economia, quanto às mudanças climáticas mostram para onde os interesses pessoais nos levam...

Sobre A Rodada de Doha:

A rodada de Doha das negociações da OMC visa diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, com foco no livre comércio para os países em desenvolvimento. As conversações centram-se na separação entre os países ricos, desenvolvidos, e os maiores países em desenvolvimento (representados pelo G20). Os subsídios agrícolas e industriais são os principais temas de controvérsia nas negociações.

A rodada de Doha começou em Doha (Qatar)em novembro de 2001, e negociações subseqüentes tiveram lugar em: Cancún (México), Genebra (Suíça), Paris (França), Hong Kong (China) e Potsdam (Alemanha).

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Unidades de Quê??


Das 299 Unidades de Conservação Federais, 82 não tem gestor, 173 não contam com fiscais e quase não há planos de manejo nessas áreas.
O Governo Federal tem metas estabelecidas no Plano de Ação para a Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia Legal. Não criou todas as Unidades de Conservação. Das poucas criadas em documentos nem foi instalada e, não há nenhuma concluída com a regularização fundiária. O Inpe registrou através dos seus satélites que 22% da área registrada por desmatamento faz parte as ditas “Unidades de Conservação” e reservas indígenas.
Os conflitos para a não regularização está em sobreposição de terras entre índios, as ditas pelo Governo Federal “Unidades de Conservação, áreas para Reforma Agrária ou até conflitos entre governo e municípios para quem terá estas terras conservadas. Ou seja, neste momento é nada com nada.
Unidades de Conservação, em tese, devem ter um plano gestor de manejo, fiscais constantes para evitar qualquer tipo de intervenção do ser humano e ainda atividades sustentáveis básicas, onde haja uma integração da população local, fomentando atividades sócio-econômicas e respeitando a cultura local.
Converso com colegas administradores, comerciantes ou mesmo do mercado financeiro e não há como mudar a mentalidade deles, pois a grande verdade, que está sendo a verdadeira verdade na história da humanidade, é que as questões econômicas e os interesses de alguns prevalecem às questões ambientais.
Não posso só reclamar, pois, na minha experiência destes 25 últimos anos, houve uma pequena mudança de mentalidade da população em geral, onde o tema Meio ambiente já está sendo discutido em diversas rodas de amigos, porém, de fato, ainda é um assunto distante e intangível.
Às vezes tenho a sensação que ao tratar de assuntos vinculados ao bioma, à cadeia ecológica e às conseqüências de nossos atos é como se fossemos, metaforicamente falando, poetas declamando sonetos para uma corte de governantes que estão completamente embriagados e interessados em suas orgias. Uma sensação de impotência em especial vendo os governantes, mesmo entendendo a situação global não dando à devida atenção.

Plant+Ar Consciência,

Plant+Ar não só árvores, mas sim a idéia de que é possível através de nossas próprias ações de cidadania, colaborar com a melhoria da qualidade de vida.
O Instituto Plant+Ar, nasceu assim, com disposição para plantar árvores através de mutirões nas cidades e rodovias e tornar ávida mais verde.
Plantamos árvores como quem espalha sementes de que podemos fazer algo de concreto para mudar a situação que o Planeta Terra se encontra atualmente.
Nosso objetivo é de que a idéia da importância e a necessidade de trazer de volta às árvores se espalhem e que forme grupos em cada cidade em cada bairro saindo em mutirões de plantio e conservação das áreas verdes perto de suas casas.
Este nosso objetivo vem acompanhando ao processo de transformação mundial de Paradigmas; deletando um egoísmo patético e patológico aonde aos poucos a humanidade vem absorvendo uma visão mais Holistica e Unicista: “Agindo localmente, pensando globalmente”. Trazendo um valor enorme para cada ação individual.
Só que plantar árvores não deve ser uma ação isolada, é preciso um trabalho contínuo que envolva educação ambiental e a conservação das árvores plantadas. Este trabalho está apenas começando.
Contamos com o apoio de cada um de vocês para que a idéia do Plant+Ar cresça fortemente enraizada e seus objetivos sejam alcançados em um futuro próximo. Estamos todos em um processo evolutivo. Vamos espalhar mais verde em nossas vidas.

Licenciamentos Ambientais & Conflitos Territoriais

O edifício onde moro não tem estrutura para receber tantos carros. Foi projetado para no máximo duas vagas por apartamento, porém com o tempo as crianças de cada família, que vive neste edifício, crescem e ganham seus carros e sem sair da barra dos pais precisam cuidar muito bem dos seus novos brinquedos poçantes. Estacionar na rua, nem pensar, primeiro pois podem roubar o som e segundo que serão multados se não retirarem bem cedo o carro da rua. Nisto começam a estacionar dentro do edifício até que a garagem fica visivelmente superlotada. Qual é a solução? Chamar o arquiteto e o engenheiro da obra e reprojetar este espaço tão cobiçado? Pedir para cada morador vender seus carros, ou trocar por modelos compactos ou até trocar por motocicletas? Qual é a melhor solução? Quem será que tem razão: os pais que querem a felicidade “total flex” dos filhos ou o vizinho que sente-se completamente invadido e incomodado?
Acontece que todas as relações humanas trazem conflitos territoriais, formas de uso, conflitos de poder. E qual será a melhor moeda política para solucionar questões de interesses tão difusos?
Em relação às questões de desmatamento temos também interesses opostos em conflitos constantes. Por um lado a necessidade de ter mais terras que produzam, daí a questionada necessidade de desmatar mais e mais, por outro lado o desmatamento é visto como um dos maiores impactos ambientais para a preservação de centenas de espécies e indiretamente para o ser humano.
Devemos ter a visão mais global e respeitar a natureza como estrutura de vida de tudo e de todos. Respeito à necessidade de manter as florestas, os mananciais, as nascentes, sua flora, sua fauna.
Assim como no caso das vagas do edifício, também à questão do desmatamento deve ser buscada a melhor solução. A única coisa que provoca uma mudança radical e que se entende é quando alguém mexer no seu bolso. Sim, multas e cortes de créditos. No caso dos edifícios deve haver uma multa para quem abusa do espaço comum e aplicá-la rigorosamente. No caso dos agricultores que estão destruindo as florestas devem-se aplicar multas, cortes de créditos em especial aos produtores que atuam ilegalmente. E no caso de empreendimentos imobiliários deve-se fazer um bom estudo anterior à aprovação e verificar se receberão o licenciamento ambiental (desde que tenham pouco impacto no ambiente e que haja a correta compensação pelo empreendimento.

Sabe-se que apesar de todos os esforços o desmatamento continua aumentando e para que apareçam leis para tal controle, devemos antes de tudo estar atentos ao Congresso Nacional que na primeira oportunidade aceita os “lobbies” e aprovam formas de desmatamento de caráter irreversível aos biomas sul-americanos. Ou seja,como podemos colocar leis fortes num edifício aonde há conflito de interesses, onde o síndico e seus conselheiros tem mais carros do que vagas, eles vão votar no que? Assim se repete no Congresso qual é o interesse destes deputados e senadores? Uma questão de vida com qualidade para nossas próximas gerações está completamente comprometida com quem poderia impor leis e seus cumprimentos assim modificando hábitos e interesses de poucos.

Novas medidas importantes para preservar o meio-ambiente.

O Ibama vai criar núcleos de licenciamento ambiental nas superintendências estaduais para descentralizar o processo de licenciamento de obras de infra-estrutura. Assim haverá maior agilidade e reduzirá o prazo de concessão das licenças. O Governo Federal pretende reduzir pela metade o prazo total para a emissão de licenças ambientais. Se a meta for atingida o processo de licenciamento dos diversos tipos de obras que chega ao absurdo de até 37 meses e cairá para uma média de 13 meses. Ainda existem outras etapas além desta do Ibama, como às que cabe ao empreendedor elaborar um estudo ou uma resposta aos questionamentos da área ambiental do governo. Isto é positivo, pois dará mais agilidade, qualidade e previsibilidade ao trâmite do licenciamento,
Também vinculado a este assunto está à preocupação constante dos empresários de baixar cada vez mais os custos de compensação ambiental. Existem associações que defendem em Brasília para que o valor da compensação ambiental tenha no máximo meio por cento do total do valor investido no empreendimento. Pergunto, qual é a margem de lucro? Por que limitar em um teto de 0,5%, quando obras podem necessitar de compensações ambientais altíssimas.
Meio ambiente preservado não pode ser misturado unicamente com a lucratividade.
Às leis brasileiras de meio ambiente que em teoria estão bem avançadas, porém com menos burocratização na área ambiental poderemos, num dia quixotesco, fazer valer na prática. Onde às obras deverão seguir às normas e as devidas compensações ambientais. Por exemplo, ao fazer um super resort ou outro empreendimento turístico, que preservem ao máximo o local, treinem e contratem a população local e façam a compensação devida.

Transporte Ecológico


A quantidade de automóveis espalhados pelos cinco continentes é considerada uma das fontes do aquecimento global.
Agora quem for comprar um carro novo deve estar acompanhando os lançamentos dos carros-conceitos com as soluções ecologicamente corretas, com componentes feitos de materiais recicláveis, placas solares no teto para fornecer energia limpa, motores elétricos, onde suas baterias podem ser recarregadas em curtíssimo tempo. O combustível ainda é uma fonte de discussão. Abastecer carros movidos a Hidrogênio é interessante, pois só é expelido água após a queima do combustível. Porém para fazer o Hidrogênio, deve-se ter em conta o quanto se polui e libera Carbono. Já o Álcool brasileiro é feito da cana, polui pouco com sua combustão e para fabricar o produto passa pelo plantio de cana que é uma forma de absorver Carbono da atmosfera.
O metrô é uma grande alternativa que infelizmente está atrasadíssimo nas grandes metrópoles brasileiras. Mesmo ficando prontas as novas linhas em construção e às que estão planejadas para utilização do povo, será insuficiente para o fluxo de pessoas.
Pessoalmente, me interessa adquirir este sigway, aparelho de transporte, movido a energia elétrica, onde fica-se de pé e o movimento do próprio corpo direciona o itinerário. Em São Paulo, já pode ser observado pessoas usando em algumas campanhas publicitárias de bancos ou nos estacionamentos de Shoppings onde os seguranças fazem sua ronda e em breve a Polícia Civil adotará este transporte que não polui, não ocupa espaço e de alguma forma enaltece a observação e o contato com a arquitetura e o paisagismo local. Bem que o Governo poderia reduzir as taxas destes aparelhinhos e também os carros ecológicos, assim muitos comprariam e ajudaria a dar início a uma nova forma de transporte ecológico.