terça-feira, 22 de julho de 2008
A Organização Mundial do Comércio é o Espelho da Alma Humana
A Organização Mundial do Comércio é o espelho da alma humana. Os interesses são evidentes e inflexíveis. Como podemos esperar acordos nas rodadas de Doha? Como desenvolver os países mais pobres num momento mundial afetado pela alta dos preços dos alimentos e energia? Desde que a globalização é nítida no cenário mundial o isolamento só tem causado prejuízos tanto para o próprio país que mantém tarifas altas e milhões de regras para não perder seu mercado quanto para os parceiros que atualmente estão todos conectados por uma rede de trocas.
Avançar num acordo é utopia e, infelizmente podemos falar também em acordos ao meio ambiente como quixotescos. Cenários possíveis: fracasso total ou avanços modestos através do que diz ser conscessões. Ouvi na rádio, uma especialista comentando que nem se os países europeus abaixassem os valores dos subsídios agrícolas os EUA, que em tese fariam o mesmo, não modificariam sua atuação frente ao mercado. Imagino o mesmo que aconteceu e ficou claro no Protocolo de Quioto onde os interesses comerciais mantêm um índice de mais de dois dígitos de emissão de poluentes à atmosfera de todo o planeta.
Para ser mais claro o pensamento, reflito: Os Eua dizem, se a Europa recuar eles recuam. Isto agora na Rodada de Doha no quesito do comércio exterior. Também os EUA dizem, se a China e a Índia recuarem como poluidoras eles recuarão. Ou seja, sobra responsabilidades para os outros, onde nós fazemos parte deste grupo, de agir enquanto é possível, fortalecendo nossas economias, estrategicamente para amenizar o poder sobre nossa vida econômica e flexibilizar o mercado do comércio exterior. Também sobra para nós e os outros buscar soluções de sustentabilidade e conservação dos biomas.
Em minha opinião cada sobra da responsabilidade que está sendo destinada a nós e aos outros países para se virar com novas soluções no comércio exterior e no desenvolvimento de tecnologias limpas, fará uma revolução em poucas décadas, tanto no Brasil, quanto em outros países emergentes, muitos além do BRIC. Acompanhem nas notícias quantas parcerias estão se formando na busca de um Bem Comum.
Ao mesmo tempo, o mundo continua a girar pelos interesses pessoais, seja de quem já tem ou de quem quer ter. Esperem as notícias futuras e não verão governo nenhum fazendo concessão. Nada destes encontros demonstram mudança do caráter humano. Nisto acompanhamos povos vivendo em misérias. Nisto acompanhamos poucos (acéfalos) defenderem o desmatamento em favor de mais produtividade. Acompanhar a realidade é realmente triste. Mas lembro sempre do pensamento chinês: “O mal não está no mundo dos homens, está unicamente no homem”. Ou seja, existem esperanças. Cabe a nós fortalecermos os interesses comunitários e dispersarmos o pânico de dividir o lucro.
Como disse o representante do Vaticano, embaixador da Santa Sé, Silvano Tomassi, que tem terras subsidiadas na Europa, disse que as pessoas não estão prontas para um entendimento em seus corações, por isto a dificuldade de um acordo na OMC. O mais interessante é que vivemos um momento histórico e significativo onde tanto a economia, quanto às mudanças climáticas mostram para onde os interesses pessoais nos levam...
Sobre A Rodada de Doha:
A rodada de Doha das negociações da OMC visa diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, com foco no livre comércio para os países em desenvolvimento. As conversações centram-se na separação entre os países ricos, desenvolvidos, e os maiores países em desenvolvimento (representados pelo G20). Os subsídios agrícolas e industriais são os principais temas de controvérsia nas negociações.
A rodada de Doha começou em Doha (Qatar)em novembro de 2001, e negociações subseqüentes tiveram lugar em: Cancún (México), Genebra (Suíça), Paris (França), Hong Kong (China) e Potsdam (Alemanha).
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