Você sabia que 50% do material utilizado nas construções são desperdiçados? Sabia que 25% se transformam em resíduos? Sabia que os resíduos das construções, demolições e reformas são outros grandes vilões dos resíduos urbanos. Lembro-me da primeira árvore que plantei, quando abria o novo “berço” retirava na primeira camada um pouco de terra e depois o resto era puro entulho de obras. Toda grama que você vê nos canteiros centrais é puro entulho de obras coberta de gramineas. Isto é comum para quem planta em cidades. Necessitamos refinar às leis a respeito dos resíduos para uma verdadeira arquitetura sustentável.
Você sabia também que uma lei aprovada em julho de 2007 obriga novas edificações a terem tubulação adequada para aquecimento solar da água? Caso tenha mais de três banheiros a instalação é obrigatória? Você deve ter reparado que nem tudo o que é dito é feito.
Ainda tem tantas coisas que devem ser feitas, tantas leis para serem escritas e, principalmente, tantas leis para serem cumpridas a risco.
Porém detalhes como estes são aspectos da arquitetura sustentável que influenciará de forma proveitosa à comunidade brasileira e às próximas gerações.
Para que estas leis e suas aplicações tenham sentido, elas devem passar por um processo de conscientização da sociedade para entender o significado destas mudanças e fazer com que isto aconteça em suas casas e assim os vizinhos também queiram (inclusive países vizinhos).
Devemos entender que estamos buscando nos afinar com o ecossistema, tanto dentro de um empreendimento quanto fora dele. Da mesma forma que incorporamos os benefícios da tecnologia em nossas vidas, podemos também, incorporar padrões de sustentabilidade até que se torne padrão e habitual.
Tenho como exemplo de liderança o designer Phillipe Starck. Ele lançou modas pelo mundo e sabe a sua responsabilidade sobre as outras pessoas, agora está revolucionando o seu próprio trabalho buscando a sustentabilidade no design (em breve vou escrever sobre a sua visão eco-design neste blog). Um líder que sabe que influência muitas pessoas deve usar um padrão para introduzir conceitos que sustentem o pensamento sustentável. Dando foco aos quatro princípios da sustentabilidade: à economia, à cultura, ao social e ao meio ambiente.
Para sustentar a sustentabilidade devemos ter a clareza da importância de abrir mão de velhos padrões e costumes que enfatizam somente o proveito para poucos. Existem caminhos para manter a empresa no mercado, buscando seu lucro e ao mesmo tempo com o compromisso social, cultural e ecologicamente correto.
Cada detalhe numa obra tem seu valor e para sustentar este conceito de arquitetura sustentável deve-se, nestes próximos anos, discutir os detalhes que durantes anos foram um assunto comum e imperceptível. Deve-se discutir bem discutido até chegar ao consenso que está na linha correta onde beneficiará a todos a curto e a longo prazo. Devemos sempre lembrar que conhecemos pouquíssimos do que pensamos saber. E a forma destas mudanças acontecerem está na observação das simples e pequenas coisas e do urgente e óbvio da nossa cruel realidade.
Paciência! Estamos necessitando força interna para sustentar a sustentabilidade e assim recriaremos novos cenários. Ânimo!!
terça-feira, 22 de julho de 2008
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